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As aspirinas e o risco de hemorragias

As aspirinas são medicamentos muito comuns, mas podem trazer riscos, como hemorragias. Você sabe como elas agem no corpo? Vamos entender.



A ação das aspirinas


A aspirina age no corpo principalmente através da inibição de enzimas conhecidas como ciclo-oxigenases (COX-1 e COX-2). Estas enzimas são essenciais na síntese de prostaglandinas, que são compostos semelhantes a hormônios envolvidos em processos como inflamação, regulação da dor e febre.


Para funcionar, a aspirina inibe a ação das enzimas COX, reduzindo assim a produção de prostaglandinas. Menos prostaglandinas significam menos inflamação, menos dor e redução da febre.


Ao reduzir as prostaglandinas, a aspirina diminui a sensibilidade à dor e a inflamação, o que a torna eficaz contra dores de cabeça, dores musculares, artrite e outras condições dolorosas.


A aspirina também atua no centro de regulação da temperatura no cérebro, ajudando a reduzir a febre.


Além de sua ação sobre as prostaglandinas, a aspirina tem um efeito significativo nas plaquetas, que são células sanguíneas cruciais para a coagulação. Ela inibe irreversivelmente a enzima COX-1 nas plaquetas, o que leva a uma diminuição na produção de tromboxano A2, um promotor importante da agregação plaquetária. Isso reduz a capacidade das plaquetas de formar coágulos.


Diferentemente de outras células do corpo, as plaquetas não conseguem sintetizar novas enzimas COX porque não têm núcleo. Portanto, o efeito da aspirina sobre as plaquetas dura por toda a vida delas (cerca de 7 a 10 dias).


Devido à sua capacidade de inibir a formação de coágulos, a aspirina pode aumentar o risco de sangramento, especialmente no estômago e intestinos, onde pode também causar irritação. Isso pode levar a hemorragias gastrointestinais, e é por isso que a aspirina deve ser usada com cautela, especialmente em pessoas com histórico de úlceras ou problemas de coagulação sanguínea.


É importante notar que enquanto a aspirina é benéfica em muitos aspectos, ela deve ser usada conforme a orientação médica para minimizar o risco de efeitos colaterais adversos, incluindo hemorragias. E vale lembrar que ela também é contraindicada em casos de suspeita de dengue.



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