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Alterações na voz podem ser a primeira pista de doenças neurodegenerativas

Você sabia que a voz pode ser um importante indicador sobre doenças neurodegenerativas? Entenda melhor.



A voz


Alterações na voz podem ser um dos primeiros sinais de doenças neurodegenerativas, muitas vezes aparecendo antes mesmo de outros sintomas mais evidentes. Mudanças no tom, na intensidade, na articulação das palavras e até na velocidade da fala podem indicar disfunções neuromusculares que afetam o controle dos músculos da laringe e da fonação. Doenças como Parkinson, Alzheimer e Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) podem comprometer a coordenação motora da voz, tornando-a mais fraca, trêmula, arrastada ou até dificultando a comunicação verbal ao longo do tempo.


No caso do Parkinson, por exemplo, um dos sintomas vocais mais comuns é a hipofonia, caracterizada por uma voz mais baixa e monótona, devido à dificuldade no controle da musculatura envolvida na fala. Já na doença de Alzheimer, pode haver dificuldade em encontrar palavras, hesitação na comunicação e alterações no ritmo da fala. Na Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), a voz pode se tornar mais fraca, com articulação prejudicada e dificuldades na deglutição, já que a doença afeta progressivamente os músculos responsáveis pela fala e pela respiração.


A identificação precoce dessas alterações vocais pode ser essencial para um diagnóstico antecipado, permitindo um melhor acompanhamento e a adoção de estratégias terapêuticas que retardem a progressão dos sintomas. Fonoaudiólogos e neurologistas podem trabalhar juntos para avaliar a qualidade da voz e indicar exercícios específicos, técnicas de reabilitação e, em alguns casos, recursos tecnológicos para auxiliar na comunicação. Além disso, o acompanhamento fonoaudiológico pode melhorar a qualidade de vida do paciente, ajudando a preservar a capacidade de comunicação por mais tempo.


Por isso, qualquer mudança persistente na voz, como rouquidão prolongada, dificuldades na articulação das palavras ou perda de volume, deve ser investigada, especialmente em pessoas com fatores de risco para doenças neurodegenerativas. O diagnóstico precoce possibilita intervenções que ajudam a manter a autonomia do paciente por mais tempo e melhoram sua qualidade de vida. Ficar atento aos sinais vocais é mais um passo na prevenção e no cuidado com a saúde neurológica.




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