Como a obesidade aumenta o risco de diversos tipos de câncer
- Hospital Casa
- 6 de dez. de 2024
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Entenda como o sobrepeso pode alterar o funcionamento ideal do organismo e aumentar as chances de se desenvolver algum tipo de câncer.

Obesidade
A obesidade tem sido reconhecida como um importante fator de risco para o desenvolvimento de diversos tipos de câncer. Estudos mostram que o excesso de gordura corporal está associado a alterações hormonais, inflamação crônica e mudanças no metabolismo, que podem favorecer o surgimento e o crescimento de células cancerígenas. Entre os cânceres mais relacionados à obesidade estão os de mama, fígado, intestino, pâncreas, endométrio e esôfago.
Um dos principais mecanismos que conectam a obesidade ao câncer é o desequilíbrio hormonal. O tecido adiposo é metabolicamente ativo e produz estrogênio, cuja concentração elevada pode aumentar o risco de cânceres hormônio-dependentes, como o de mama e o de endométrio. Além disso, a obesidade contribui para a resistência à insulina, que eleva os níveis de insulina e do fator de crescimento semelhante à insulina (IGF-1), substâncias que estimulam a proliferação celular e inibem a apoptose, processos que podem levar ao surgimento de tumores.
Outro fator importante é a inflamação crônica associada à obesidade. As células de gordura, especialmente em excesso, liberam citocinas pró-inflamatórias que criam um ambiente favorável ao desenvolvimento do câncer. Essa inflamação persistente pode causar danos ao DNA e promover mutações em células saudáveis, aumentando as chances de formação de tumores malignos. Além disso, o acúmulo de gordura em órgãos como fígado e pâncreas pode induzir condições como esteatose hepática e pancreatite, que estão diretamente ligadas ao desenvolvimento de cânceres nesses órgãos.
A prevenção da obesidade, portanto, é uma estratégia essencial para reduzir o risco de câncer. Adotar hábitos alimentares saudáveis, praticar atividades físicas regularmente e manter o peso corporal adequado são medidas eficazes para minimizar os impactos desse fator de risco. Além disso, políticas públicas de incentivo à alimentação balanceada e ao combate ao sedentarismo podem contribuir para uma sociedade mais saudável e menos suscetível ao câncer e a outras doenças crônicas relacionadas à obesidade.
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