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O que se sabe sobre o vírus oropouche na gestação

Esse arbovírus oferece riscos às gestantes. Entenda melhor quais são esses riscos e por que o Oropouche pode prejudicar a gravidez.



Transmitido por picada de mosquito


O vírus Oropouche é um arbovírus transmitido principalmente por mosquitos e conhecido por causar febre oropouche, uma doença que pode levar a sintomas semelhantes aos da dengue, como febre alta, dores de cabeça, dores musculares e nas articulações, além de manifestações como erupções cutâneas. Embora ainda seja menos estudado em comparação a outros vírus como o Zika, sua relação com a gravidez tem gerado preocupações na comunidade científica, especialmente devido ao potencial impacto no desenvolvimento fetal.


Durante a gravidez, a infecção por arbovírus representa um risco adicional, já que o sistema imunológico da gestante está naturalmente modulado para evitar rejeição do feto. Isso pode torná-la mais vulnerável a infecções virais. Embora ainda não existam estudos extensivos sobre a relação direta entre o vírus Oropouche e complicações na gravidez, infecções similares por arbovírus têm sido associadas a condições como microcefalia, abortos espontâneos e partos prematuros. Assim, é possível que o Oropouche, se transmitido durante a gestação, apresente riscos semelhantes, especialmente em áreas endêmicas.


Além disso, o impacto de febres altas e inflamações causadas pelo vírus pode ser significativo durante a gestação, aumentando o risco de danos ao desenvolvimento do sistema nervoso central do feto. Isso reforça a necessidade de vigilância e pesquisa para compreender melhor os mecanismos de transmissão vertical (de mãe para o feto) e os potenciais danos. Dados preliminares sugerem que a circulação do vírus em áreas tropicais e subtropicais requer atenção especial das autoridades de saúde, sobretudo em populações mais vulneráveis, como gestantes.


A prevenção é, até o momento, a principal medida contra o vírus Oropouche, uma vez que não há vacinas ou tratamentos antivirais específicos disponíveis. Gestantes em regiões de risco devem adotar medidas rigorosas de proteção contra picadas de mosquitos, como uso de repelentes, roupas de mangas longas e redes de proteção. Além disso, o monitoramento médico durante a gravidez em áreas endêmicas é essencial para identificar precocemente qualquer sintoma e minimizar possíveis complicações para a mãe e o bebê. Investimentos em pesquisa e campanhas de conscientização são indispensáveis para proteger as gestantes e reduzir os impactos desse vírus ainda pouco conhecido.




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