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Uma outra doença transmitida por picada de mosquito

Você já ouviu falar na febre de Oropouche? Entenda mais sobre essa enfermidade e aprenda como se prevenir.



Febre de Oropouche


A febre de Oropouche é uma arbovirose emergente na América do Sul, causada pelo vírus Oropouche, um membro da família Orthobunyaviridae. Esta doença é transmitida principalmente através da picada de mosquitos do gênero Culicoides, embora mosquitos do gênero Culex também possam atuar como vetores. Recentemente, o vírus tem preocupado as autoridades de saúde no Brasil, especialmente após a confirmação de casos no estado do Rio de Janeiro. A rápida urbanização e o aumento da mobilidade humana facilitam a disseminação do vírus em áreas densamente povoadas, aumentando o risco de surtos.


Os sintomas da febre de Oropouche são frequentemente confundidos com os de outras doenças febris, como a dengue e a chikungunya, devido à semelhança nas manifestações clínicas. Os pacientes geralmente apresentam febre alta repentina, dor de cabeça intensa, dores musculares, nas articulações e nas costas, além de náuseas e vômitos. Em alguns casos, podem ocorrer sintomas mais graves, como meningite ou meningoencefalite. O período de incubação é curto, variando de 4 a 8 dias, e a maioria dos pacientes experimenta uma recuperação completa em uma a duas semanas, embora a fadiga e o mal-estar possam persistir por mais tempo.


Não existe tratamento específico para a febre de Oropouche; o manejo da doença é principalmente sintomático e de suporte. Isso inclui a administração de antipiréticos para controle da febre, analgésicos para alívio das dores e hidratação adequada para prevenir a desidratação. Em casos de complicações neurológicas, como a meningite, o tratamento pode requerer internação hospitalar para monitoramento e cuidados intensivos. A ausência de uma vacina faz com que a prevenção se concentre no controle dos vetores e na educação da população para evitar a exposição aos mosquitos, especialmente em áreas onde o vírus está circulando.


Diante dos casos registrados no Rio de Janeiro, as autoridades de saúde intensificaram as campanhas de conscientização e as medidas de controle de vetores para prevenir a propagação da doença. Isso inclui a eliminação de criadouros de mosquitos, a aplicação de inseticidas e a promoção de uso de repelentes e telas em janelas e portas. A população é incentivada a procurar atendimento médico ao primeiro sinal de febre ou outros sintomas da doença. A identificação precoce e a resposta rápida são cruciais para conter surtos e proteger as comunidades vulneráveis.

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